segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um Domingo Qualquer


Talvez a minha filha preferida da série como era verde meu pé de choise!!!!!!!!!
Domingo. Ela acordou bem cedo, levantou foi até a cozinha e preparou um café sem açucar (meu marido só gosta de café amargo), voltou pro quarto e tentou acordar o marido pra irem a missa, ele não acordou, resmungou e virou (tudo bem, trabalhou a semana toda, está cansado), ela se arrumou botou um vestido azul (preciso de umas roupas novas) passou no quarto do filho e o viu dormindo, foi pra cozinha tomou um copo de café amargo com umas bolachinhas de manteiga e saiu de casa, foi pra missa, foi andando pra igreja, era perto de casa (nossa hoje vai fazer um dia lindo), em alguns minutos já estava sentada na igreja, cantou as músicas com coro, adorava cantar, na juventude cantava bastante, juventude, antes de se casar, antes de ser mãe, antes de Ter sua família e suas responsabilidades. O sermão do padre foi sobre caridade, falou sobre doação, a situação do mundo atual, de egoísmo, a atual sociedade pós moderna de exacerbado consumo e as conseqüências desse exagerado individualismo visto nesses tempos de internet (lindo esse sermão, esse padre fala bem mesmo)(precisamos comprar um computador pro júnior). Cantou mais, e a missa acabou, conversou com algumas pessoas na saída da igreja e foi pra feira pra comprar algumas coisas pro almoço de mais tarde (que vontade de almoçar um peixe), foi andando devagar ainda era cedo (dia bonito), chegou na feira, foi comprar umas verduras (nossa como as coisas estão caras)(queria um vestido novo), depois passou na barraca de peixes (lindos esses peixes), desistiu e decidiu que ia fazer frango pro almoço (meu marido prefere frango), ia fazer uma galinhada. Voltou pra casa, abriu a porta, silencio, percebeu que todos estavam dormindo (que sono é esse). Foi no seu quarto chamou o marido e nada, abriu a porta do quarto do filho e ele também estava dormindo, ligou o rádio, estava tocando um pagode (nossa como eu gostava de um pagodinho desses)(gostava?), foi pra cozinha e começou a preparar a galinhada, cortou os legumes, cortou o frango (até que um peixe ia cair bem hoje). Decidiu acordar o marido, ia mandar ele levantar, sair e comprar umas cervejas(ele adora uma geladinha), foi no quarto, acendeu a luz, chamou nada, ele só resmungou e virou, ela o sacudiu, nada (que estranho), um pequeno desespero e ela gritou, nada, decidiu acordar o filho, pedir ajuda, foi no quarto dele chamou, sacudiu, gritou, nada também (meu deus do céu, o que tá acontecendo?), foi pra sala sentou no sofá e chorou (meu deus do céu, o que tá acontecendo?), continuou chorando por uns minutos (bonita esse pagodinho que tá tocando agora) enxugou as lágrimas foi pro quarto e gritou “voce não vai acordar não? Então vou sair de casa, tá?”, comentário que não teve efeito algum, ela virou apagou a luz do quarto (meu deus do céu, o que tá acontecendo?) e foi embora, pegou a bolsa e saiu confusa saiu andando pelas ruas num dia de domingo ensolarado, andou, seus pensamentos eram confusos ela não sabia o que estava acontecendo (meu deus do céu, o que tá acontecendo?), pensou em pedir ajuda (vou lá na casa da minha irmã), decidiu ir pra casa da irmã, perguntar o que deveria fazer. No caminho da casa da irmã passou na frente de um boteco onde tinha um grupo de amigos que pareciam ter saido de uma pelada e estavam tocando um pagode ali mesmo, resolveu entrar (que loucura) sentou no balcão e pediu uma cerveja bem gelada (que calor), tomou meio copo de uma vez só (nossa, que delicia), ficou sentada um tempo , ouvindo o pagode (até que eles tocam direitinho)(nossa, como eu gosto de um pagodinho), o balconista, que era dono do bar começou a puxar conversa, perguntou se ela morava por ali, disse que nunca tinha a visto, falou que era duro trabalhar Domingo, que queria mesmo ficar com a família, que tava guardando dinheiro e que em mais alguns anos venderia o boteco e voltava pro nordeste(muito simpático esse moço), perguntou se ela queria mas alguma coisa, ela disse que o papo estava bom e pediu mais uma cerveja (nossa, é a terceira) e uma porção de bolinho de bacalhau (adoro bolinho de bacalhau), continuou conversando com aquele senhor baixinho e barrigudo (bonito esse moço), depois fechou os olhos e ficou só ouvindo a música o dono do bar que já estava bebendo também estava se divertindo, e disse que gostava daquele samba do Zeca, e cantarolou um versinho (nossa adoro essa musica), ela disse que adorava também, um dos rapazes que estava tocando ouviu o comentário e comecou a tocar (descobri que te amo demais, descobri sem querer a vida, verdade), daqui a pouco ela e o dono do boteco estavam naquela rodinha de samba, dançando com o copo de cerveja, durante horas, cantando, sorrindo (adoro pagode), já era tarde os rapazinhos que estavam tocando foram embora se despediram dela, deram beijos, abraços, mandaram ela voltar na próxima semana, ela sorriu (muito simpáticos esse meninos, e tocam bem), agora era só ela e o dono do bar (simpático e bonito esse moço), ele perguntou se ela estava com fome ela respondeu que não (gordinho mas charmoso), que estava cansada, que bebera demais e ia voltar pra casa, ela disse que ia deixar ele voltar pra família, ele disse que por isso não, que a companhia dela era muito agradável e que tinha siso um dia fantástico, ele nem tinha encarado como um dia de trabalho. Ele pegou na mão dela (bonita essa mão, grande, de macho), ela sorriu, ele olhou nos olhos dela, ela desviou o olhar, ele beijou a boca dela (meu deus que gostoso), ela sorriu, passou a mão no rosto dele (barba fechada), levantou, pegou a bolsa e saiu em direção à porta, ele perguntou se ela ia voltar (tomara amor), ela disse que não, que tinha responsabilidades, que tinha família (meu deus! estão dormindo), que tinha que ir embora. Se lembrara do marido, do filho, apressou o passo, não pensou nada, preocupação, já estava escuro. Entrou em casa o marido estava na sala, bravejou, o filho correu, perguntou onde a mãe tinha se metido, gritaria, ela sorriu (amanhã vou comprar um vestido novo), perguntaram o motivo do sorriso, disseram que estavam com fome, ela não disse nada (gostoso aquele bolinho de bacalhau)(acho que estou meio bêbada), foi pro quarto tirou a roupa botou a camisola e deitou (adoro pagode), dormiu um sono profundo, dormiu como não dormira há anos, já estava dormindo quando o filho e o marido, ainda indignados, entraram no quarto e sem resultado tentaram acordá-la para pedir explicações...

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