quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Tostão


há um tempo um marxista falou que a religião é o ópio do povo, depois um torcedor do fluminense disse que, no braxil, o futebol era, sim, o ópio do povo... o Zina (Ronaldo...) quando perguntado se tinha religião respondeu que era Corintiano... coincidentemente, nessa reta final do melhor campeonato brasileiro dos ultimos tempos eu só quero ser sedado... identidade e cultura... em um sistema excludente, onde nos é negligenciado as coisas mais básicas tudo que eu peço é que nos deixem torcer em paz... seguem a seguir dois trechos do Tostão um oasis de sabedoria, bom senso e educação em meio a esse caos em que nos encontramos...

"O ser humano, principalmente os pragmáticos, os bem preparados cientificamente e que tentam explicar tudo, não aceita a explicação de que a melhor explicação para certos fatos é não haver nenhuma explicação.
Não pense que não acredito na ciência. Pelo contrário, sem a ciência é o caos. Vi isso na medicina. Ocorre o mesmo no esporte. Apenas não sou ingênuo nem obcecado em querer explicar tudo. Quanto mais tentamos explicar, mais ignorantes somos.
Além disso, por mais correta, clara e óbvia que seja uma explicação, ela, isoladamente não explica tudo. Há sempre fatores envolvidos, conhecidos e/ou desconhecidos.
Muito vão dizer que "se" não ganha jogo, que a história é contada somente pelos vencedores e que, contra fatos não há argumentos.
Não é sempre assim. As seleções perdedoras da Hungria de 1954, a da Holanda de 1974, e a do Brasil de 1982 são adoradas até hoje, para a tristeza de Dunga, que nunca se conformou de a seleção perdedora de 1982 ser mais elogiada que a vencedora de 1994.
Contra fatos há também argumentos."

"Se o Flamengo for campeão, será ótimo para Andrade e para os treinadores jovens e interinos, além de diminuir a supervalorização dos técnicos mais famosos.
Além do preconceito com Andrade, por ser auxiliar e falar baixo, há o preconceito por ele ser negro. Não me refiro ao hediondo racismo de não gostar de uma pessoa de outra cor, e sim ao preconceito de que técnicos negros não teriam capacidade intelectual de comandar um grupo.
Evaldo, excelente atacante de Cruzeiro nos anos 60, tinha tudo para ser ótimo treinador. Era equilibrado, educado, falava bem, tinha amplo conhecimento e se preparou para o cargo, trabalhando vários anos nas categorias de base. Não teve as chances que merecia. O mesmo aconteceu com outros técnicos negros.
Enquanto isso, alguns treinadores posudo, marqueteiros e bem relacionados estão por aí, com prestígio e fazendo mal ao futebol."

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