Editorial

"Quando eu sonho, às vezes me lembro de como voar..."

Esse é o ContraSenso Editorial... há um tempo eu não via televisão, por diversos motivos, ora não tinha tempo, ora paciência, mas a verdade é que eu me sentia superior às outras pessoas, uma bobagem, claro, mas eu era assim... não sabia a banda da moda, a tragédia do momento ou o bordão da novela, não sabia e não queria saber, o fato é que hoje eu vejo televisão e continuo me achando melhor que os outros, mesmo vendo muita televisão... depois de vencer alguns vicios, e de ser vencido por outros, passo muito tempo em contacto com essa realidade midiática, não sou um estudioso, tampouco um intelectual, mas tenho acompanhado boa parte de todo o "lixo" que tem na televisão e percebo uma mão invisivel por trás de tudo isso... entenda como quiser, uma teoria conspiratória em prol de interesses iníquos, invasão alienigena ou qualquer coisa que o valha..

o fato é que vou tentar comentar o que eu vejo, meu objetivo é não agradar ninguém, vou dizer o que não costuma ser dito, não gosto de enrolar e é essa caracteristica que quero que fique em maior evidência... nunca tive compromisso com nada e é assim que as coisas vão continuar por um tempo... aos poucos vou explicar minha condiçao de ex viciado, vou contar os buracos pelos quais andei e talvez meus sonhos de uma sociedade ideal, espero conseguir ofender alguém com esse manifesto terceiro mundista humulde... farei apologias, denegrirei imagens, colocarei o dedo nas feridas, mas com luvas cirurgicas, pois hoje tenho mais nojo das coisas do que jamais tive... nunca fui tão triste, nunca fui tão improdutivo, nunca fui tão gordo e tão preguiçoso... não tenho muito a perder...

dia após dia eu acordo e almoço engolindo a merda que o sr. Alexandre Graxinha rulmina na caixa de fazer bobo, então chegou a hora de retribuir o engodo... e tem mais, tenho um intestino irritado e preciso cagar várias vezes ao dia e por hábito leio enquanto cago... e constantemente tenho tido o impulso de limpar o rabo com o Correio Brasiliense, tablóide de merda explorador da miséria humana, foda-se vou esculhambar... e muita coisa fina nessa midia mediocre... criticas literárias e de cinemas... e viva a televisão digital...

teclando de algum buraco na periferia da capital do Brasil em uma tarde chuvosa de novembro de 2007...